Mirian Gonçalves participa em Brasília de seminário da OIT sobre trabalho decente
À convite da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), a vice-prefeita e secretária Municipal do
Trabalho e Emprego (SMTE) Mirian Gonçalves participa, em Brasília, do Seminário
Internacional "Boas Práticas e Trabalho Decente” que abrange diversos
temas, entre eles, o fortalecimento do diálogo social, geração de mais e
melhores empregos, equidade de gênero e raça. Para a OIT as principais
prioridades dos governos, nesta área, devem ser abolir as formas inaceitáveis
de trabalho, como o trabalho infantil, forçado e obrigatório.
A SMTE já definiu as metas para a
sua gestão, inserindo em seu planejamento estratégico as principais prioridades
da Agenda Curitiba do Trabalho Decente como a erradicação do trabalho infantil,
a inclusão produtiva de pessoas com deficiência, programa que será desenvolvido
em parceria com a Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência. “Esta
é uma excelente oportunidade para afinarmos a nossa administração com as
diretrizes da OIT que são fundamentais na elaboração de estratégias para
superação da pobreza, a redução das desigualdades sociais e a ampliação da
cidadania”, ressaltou Mirian Gonçalves.
Durante as palestras, a diretora
da OIT no Brasil, Laís Abramo, destacou que as pesquisas realizadas pela
organização mostram que aqueles que são submetidos ao trabalho forçado ainda
quando crianças têm seu futuro comprometido significativamente. Os relatórios
da OIT apontam que há 21 milhões de pessoas em situação de trabalho forçado no
mundo, sendo 1.8 milhão na América Latina. Os ganhos obtidos por esta forma de
exploração alcançam US$ 21 bilhões/ano no mundo e US$ 3,6 bilhões apenas na
América Latina. O trabalho forçado se caracteriza pela exigência do trabalho
sob ameaça de punição, em seu conceito mais amplo. Também é o trabalho feito de
forma involuntária, principalmente, no caso das crianças.
A diretora da SMTE, Marisa
Stedile, que acompanha no seminário da OIT, a vice-prefeita e secretária do
trabalho, Mirian Gonçalves, explica que tal situação não pode se confundir com
baixos salários ou casos de precariedade. “O trabalho forçado muitas vezes é
feito de forma fraudulenta ou enganosa, quando promessas são feitas para
induzir o trabalhador à situação de escravidão, implicando em coação e perda da
liberdade individual”, afirma. Durante o
seminário, apresentaram-se ainda pesquisas da OIT que evidenciam outras
modalidades de trabalho forçado como situação de escravidão, venda ou tráfico
de pessoas, confinamentos no local de trabalho pelo isolamento geográfico. Outro
tipo de coação frequente é a psicológica, quando o trabalhador é submetido à
ordem de trabalhar sob ameaça ou punição. Há também forma de trabalho forçado devido
às dívidas induzidas ou fraudulentas, retenção de documentos, vivenciada,
principalmente, pelos trabalhadores imigrantes.